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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Você Sabe o que é Terapia Ocupacional?






Video feito pelas alunas da Terapia Ocupacional Universidade São Camilo-SP



CONSULTE UMA TERAPEUTA OCUPACIONAL. SUA VIDA TERÁ MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Aprendizagem forma sinapses

Segundo a Agência FAPESP:
Novas conexões entre neurônios começam a se formar logo após o aprendizado de uma nova tarefa, indica estudo publicado no site da revista Nature.
A pesquisa envolveu observações detalhadas do processo de alteração nas ligações nervosas em animais que ocorre no cérebro durante a aprendizagem motora.
Os pesquisadores estudaram camundongos que foram condicionados a se deslocar por uma passagem em uma gaiola para alcançar sementes. Foi observado um rápido crescimento das sinapses, as estruturas que formam conexões entre neurônios no córtex motor, a parte do cérebro que controla os movimentos musculares.
“Verificamos uma formação robusta e quase imediata de sinapses, menos de uma hora após o início do condicionamento”, disse o coordenador da pesquisa Yi Zuo, professor da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos Estados Unidos.
O grupo de Zuo observou a formação de estruturas chamadas espinhas dendríticas que crescem em neurônios piramidais (grandes células que ligam as camadas do cérebro) no córtex motor.
As espinhas dendríticas formam sinapses com outras células nervosas. Nessas sinapses, os neurônios piramidais recebem sinais de outras regiões do cérebro envolvidas na memória motora e nos movimentos dos músculos. Os cientistas verificaram que o crescimento de novas espinhas dendríticas foi seguido pela eliminação seletiva de espinhas pré-existentes, de forma que a densidade geral das espinhas retornou ao nível original.
“Trata-se de um processo de remodelagem por meio do qual as sinapses que se formam durante o aprendizado se consolidam, enquanto outras se perdem. A aprendizagem motora imprime uma marca permanente no cérebro. Quando aprendemos a andar de bicicleta, por exemplo, uma vez que a memória motora é formada, não esquecemos o que foi aprendido. O mesmo ocorre quando um camundongo aprende uma nova habilidade motora: o animal aprende como fazer e não esquece mais”, explicou Zuo.
Comprender a base da formação de memórias de longo prazo é um desafio importante para a neurociência, com implicações no desenvolvimento de terapias que possam auxiliar pacientes na recuperação de habilidades perdidas em acidentes ou em derrames.
“Iniciamos nosso estudo com o objetivo de entender melhor os processos que ocorrem após um acidente vascular cerebral, quando os pacientes têm que reaprender a fazer determinadas atividades. Queremos descobrir se há algo que podemos fazer para acelerar o processo de recuperação”, disse Zuo.
O artigo Rapid formation and selective stabilization of synapses for enduring motor memories, de Yi Zuo e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.





CONSULTE UM TERAPEUTA OCUPACIONAL. SUA VIDA TERÁ MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS.

Consciência corporal afasta dores e lesões

Consciência é um processo diretamente relacionado ao autoconhecimento.
E faz parte deste movimento conhecer o próprio corpo. A técnica da consciência corporal tem a ver com prestar atenção aos próprios movimentos e a relação do seu corpo com o espaço que ele ocupa, com seus músculos e articulações. "Muitas causas estão por trás dos bloqueios de percepção corporal", conforme diz a osteopata (ciência terapêutica que trata das disfunções de mobilidade articular e tecidual) Grace Alves Ferreira.

"Vivemos muito sentados ou em posições incorretas, o que facilita a má postura e acaba piorando a percepção corporal".
Os aspectos emocionais também estão evolvidos na consciência corporal: um sujeito reprimido por questões morais ou com baixa autoestima acaba tendo reflexos no corpo, tornando-se retraído, o que se reflete principalmente na postura curvada e, consequentemente nas dores cervicais.

O sedentarismo não é necessariamente causador da falta de consciência corporal, mas grande parte das pessoas que fazem exercícios físicos interage mais com o próprio corpo e, por isso, tendem a conhecê-lo melhor, mas também vale o cuidado com as posturas e excessos no esporte.

Um erro comum de desleixo com o corpo é sentar errado. "Muitas pessoas passam mais de metade de seu dia nessa posição e fazer isso de forma inadequada pode trazer muitos problemas". Uma boa dica é apoiar sempre os pés no chão, mantendo o ângulo dos joelhos em 90°, assim como o do quadril, e prestar atenção para que esse ângulo não diminua e você não acabe curvado.

A alimentação também tem influência na percepção corporal: comidas gordurosas retardam o metabolismo, prejudicando o funcionamento do sistema digestivo. "Quem conhece o próprio funcionamento corporal sabe os limites alimentares que mantêm o bem-estar em dia".
Os benefícios vão desde uma maior sensação de conforto corporal, o aumento da capacidade circulatória, respiratória e a ampliação da capacidade de movimento. "O aluno, ao mesmo tempo, amplia e toma consciência de sua capacidade e limites corporais".

A tomada de consciência corporal é essencial no processo de autoconhecimento. A consciência corporal é a percepção dos movimentos do organismo, tanto internamente como face a face com o mundo exterior.
Na maioria das vezes estamos conscientes apenas dos mais óbvios movimentos do corpo. Exemplificando: a maioria das pessoas não sente as costas, nem mesmo quando deitadas sobre elas (experiências comuns em sessões terapêuticas). O contato com uma parte do corpo, que não é percebida, pode ser estabelecido pelo aumento da mobilidade desta parte do corpo e pelo toque. O toque nos dá noção de integridade, nos dá segurança e tranqüilidade. Tanto o movimento ativo quanto o passivo (na forma de recepção e doação do toque e do auto-toque) produzem um fluxo, uma aceleração, que move sentimentos, nos liberta de medos, angústia e dor. Podemos observar-nos e compreender que nosso padrão de tensão muscular determina nossas expressões e está relacionado á estrutura de caráter. Toda a tensão é essencialmente um fenômeno de superfície, é uma manifestação do ego. Mesmo a dor nos órgãos internos é sempre percebida como uma irradiciação na superfície do corpo.
É necessário observar que partes do corpo estão retidas na ação, para compreendermos a natureza do bloqueio e liberar a emoção adequada.
Percebemos que a palidez no medo, o tremor no estado da ansiedade, ocorrem devido á fuga de energia da periferia para o centro do corpo, causada pela concentração dos vasos periféricos e dilatação dos centrais (ansiedade estática). A cor e calor da pele corresponde tanto física como psicologicamente ao movimento de energia do centro para a periferia do corpo e com isso em direção ao mundo.

Deve ser plenamente entendido que o processo de aprendizagem é irregular, consiste de passos e que haverá altos e baixos. Isto se aplica desde coisas simples do cotidiano, como sentir-se no próprio corpo durante um dia de trabalho. Podemos perceber que, á medida em que as mudanças ocorrem, dificuldades podem aparecer.
A consciência antes as rejeitava por medo ou por dor e, é somente quando a auto-confiança aumenta que torna-se possível identifica-las.
A pessoa média está satisfeita com suas realizações e pensa que não necessita de nada, exceto alguma ginástica para corrigir poucos defeitos conhecidos. Diferentes estágios de desenvolvimento podem ser encontrados para cada pessoa quando estas tentam melhorar a sim mesmas.

O aumento da consciência corporal ajuda-nos a encontrar um caminho livre de confusão e liberar energias para um trabalho criativo. Mobilizando o amor em nossos corpos, um fluxo na direção do coração, criamos um estado de paz interior, crescemos espiritualmente e somos capazes de doar este amor a outra pessoas, a toda a humanidade, a todo o planeta.


Dra.Cheila Maíra Lelis

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo

No dia 30 de outubro, o Grupar-RP mobilizou a comunidade de Ribeirão Preto com diversas atividades no Parque Municipal Maurílio Biagi.

Foram realizadas atividades de alongamentos, gincanas, distribuição de folhetos e cartilhas; palestras com a Nutricionista, Dra. Adriane Silva; com a Terapeuta Ocupacional,Dra.Cheila Maíra Lelis, e também com a Reumatologista , Dra. Fabíola Reis Oliveira.

Oferecemos um isotônico caseiro para a reidratação dos participantes, e a massoterapeuta voluntária, Marlene M. Zenerato, e seu esposo João Paulo, ofereceram massagem aos integrantes do Grupar-RP e ao público.

Ainda contamos com a participação especial do grupo de teatro amador, Aliança de Misericórdia, que apresentou a peça "Os Ventrículos", bastante aplaudida.

De acordo com Ana Lúcia Marçal, presidente do Grupar-RP, “foi uma manhã extremamente agradável e proveitosa, uma oportunidade de levar a um maior número de pessoas informações sobre as várias formas de manifestação do reumatismo, e as possibilidades de melhoria na qualidade de vida”.





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terça-feira, 26 de outubro de 2010

30 de outubro Dia Nacional da Luta contra o Reumatismo

Venha participar!

30 de outubro dás 9:00 até ás 12:00
será no Parque Maurilio Biagi.
Teremos atividades:
Caminhadas ,
Alongamentos,
Apresentação de uma peça de teatro OS VENTRÍCULOS.


Como Terapeuta Ocupacional do GRUPAR estarei presente no evento.


Se você quer evitar o agravamento de deformidades articulares,deixou de realizar alguma atividade em sua vida ou quer prevenir perdas(funcionais),venha participar de nosso grupo.




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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

IV Encontro de Tecnologia Assistiva da FMRP-USP

Olá Pessoal

Este ano o IV Encontro de Tecnologia Assistiva da FMRP-USP tem como tema central "Tecnologia Assistiva na Educação"

Ocorrerá no dia 26/10/2010 das 14:00 às 21:30h, no Lab. Multidisciplinar da FMRP-USP.
Inscrições por esse email :lapitecusp@gmail.com ou pelo tel. 3602-4694.





CONSULTE UM TERAPETA OCUPACIONAL. SUA VIDA TERÁ MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

13 de Outubro dia do Terapeuta Ocupacional

"A Terapia Ocupacional é uma profissão preocupada com a promoção da saúde e bem-estar através da ocupação, algo que beneficia as pessoas de todas as idades, um feito notável para comemorar."
A todos(as) os(as) Terapeutas Ocupacionais, sorte,sucesso e consagração em nossa profissão!!!

Curiosidades

A terapia ocupacional teve origem nos EUA, há aproximadamente 100 anos, e ultimamente, foi indicada por uma revista americana como uma das profissões do futuro.
No Brasil, essa profissão foi regulamentada em 13 de outubro 1969, pela Lei n° 938. Atualmente a profissão tem ganhado cada vez mais destaque, visto que a preocupação com o bem-estar e com a integração dos indivíduos que possuem alguma limitação na sociedade também tem crescido. É importante salientar que a área de pesquisas de técnicas de adaptação também é muito impulsionada dentro da terapia ocupacional .


Abaixo uma elucidação aos leigos que pouco sabem sobre o que faz um terapeuta ocupacional ,as àreas em que podemos atuar e os benefícios que poderão ser atingidos pelos individuos submetidos a intervenção terapêutica ocupacional.

Para ser um terapeuta ocupacional é necessário diploma de curso superior em Terapia Ocupacional, que tem a duração média de quatro anos. O curso proporciona ao aluno uma formação completa e humana. Algumas matérias que fazem parte da grade curricular do curso são: anatomia humana, biologia humana, atividades e recursos terapêuticos, fisiologia, sociologia, processos de saúde, psicologia do desenvolvimento, neurologia, ortopedia, abordagens terapêuticas, psicologia social e do trabalho, saúde mental, desempenho profissional, ética profissional, etc. Estágios supervisionados também fazem parte das exigências da maioria das instituições que oferecem o curso.

Esse profissional pode trabalhar com crianças, adolescentes, adultos , idosos, portadores de deficiências físicas, problemas neurológicos, sensoriais, mentais, emocionais e sociais.

A terapia ocupacional tem grande eficácia para o paciente, podendo até ser feita em conjunto com outros tratamentos.
O objetivo do trabalho é promover, recuperar e/ou manter a saúde, a qualidade de vida e a inclusão social do indivíduo.

O campo de atuação do terapeuta é bastante amplo e o profissional pode atuar nas seguintes áreas:

•Clínicas e consultórios particulares;
•Assistência domiciliar e empresas de home-care;
•Hospitais gerais e especializados;
•Centros de reabilitação;
•Ambulatórios de saúde mental e centros de atenção psicossocial;
•Programas públicos de atenção à saúde da criança e do adolescente;
•Programas sócio-educativos para o menor infrator;
•Empresas, área de prevenção de acidentes/ ergonomia, treinamento de pessoal e desenvolvimento de projetos;
•Centros de atenção à pessoa idosa;
•Escolas regulares em programas de inclusão social e escolas especializadas para portadores de necessidades especiais;
•Cooperativas de trabalho de populações marginalizadas;
Organizações não-governamentais.


Realizar atividades que desenvolvam habilidades do dia-a-dia que podem ser físicas, artísticas, pedagógicas, artesanais, lúdicas, entre outras, podendo envolver pintura, teatro, desenhos, jogos, etc.
O objetivo desse trabalho é envolver os pacientes com atividades que promovam o restabelecimento ou desenvolvimento de faculdades e habilidades, na tentativa de integrar essa pessoa cada vez mais na sociedade. Esse trabalho pode ser de prevenção, habilitação ou reabilitação, e pode ser aplicado em pacientes de qualquer idade, dependendo de cada caso e de cada necessidade.
Realizar consultas constantemente e analisar a eficiência do tratamento, e caso necessário, realizar mudança no projeto inicial

Áreas de atuação e especialidades
A terapia ocupacional pode ser:

Preventiva

Geralmente para pacientes que possuem alguma doença degenerativa. O profissional trabalha para que as habilidades de realizar tarefas do dia-a-dia sejam preservadas ao máximo.

Habilitação
É voltada para pessoas que precisam aprender a realizar as tarefas do dia-a-dia da melhor forma. Geralmente são crianças que já nasceram com algum tipo de limitação, ou que adquiriram durante a infância.

Reabilitação
É voltado para pessoas que perderam capacidades ou habilidades por algum tipo de doença, ou por pessoas que não conseguem realizar tarefas satisfatoriamente, como é o caso de pessoas muito estressadas ou hiperativas. Nesse caso, o trabalho é feito para tentar recuperar faculdades, e desenvolve-las ao máximo.

A TERAPIA OCUPACIONAL é muito eficiente, principalmente em:

•investigação diagnóstica,
•reabilitação das funções físicas e mentais do paciente,
•estimulação da independência nas atividades da vida diária e prática (AVD e AVP),
•confecção de adaptações,
•auxílio do indivíduo na sua função familiar e social,
•prevenção da ociosidade e da depressão,
•ampliação da qualidade de vida, dentro das possibilidades e limitações do indivíduo.

Os casos onde a terapia ocupacional é mais recomendada são:
•Acidentes vasculares cerebrais (derrames cerebrais)
•Bebês de alto-risco
•Deficiência mental
•Distúrbios de aprendizagem
•Psicoses ou distúrbios psicóticos
•Paralisia cerebral
•Síndromes genéticas
•Deficiência visual parcial ou total, congênitas ou adquiridas
•Depressões psico-neuróticas
•Traumatismos de medula vertebral
•Queimaduras de membros superiores
•Hanseníase
•Distúrbios reumáticos de membros superiores
•Lesões por esforços repetitivos (L.E.R.)
•Treinamento de próteses de membros superiores
•Lesões de nervos periféricos de membros superiores
•Fraturas de punho, mão e dedos.

Mercado de trabalho
O mercado de trabalho para esse profissional é amplo, porém a profissão ainda é pouco divulgada, levando em conta a importância desse trabalho.

O PROFISSIONAL CAPACITADO A REALIZAR TERAPIA OCUPACIONAL DEVERÁ SER HABILITADO E DEVIDAMENTE REGISTRADO PELO CREFITO.

CONSULTE UM TERAPETA OCUPACIONAL.SUA VIDA TERÁ MUDANÇAS SIGNIFICATIVAS.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O processo de saude do idoso

A Terapia Ocupacional trabalha na prevenção,estimulação, proporcionando independência e participação social.Como recurso terapêutico utiliza a atividade a fim de proporcionar ao indivíduo idoso um melhor desempenho funcional, mental e social.

No que diz respeito à perda de memória,busca resgatar e estimular o idoso nas atividades cognitivas e atuar na organização do seu cotidiano.

As atividades utilizadas tem a finalidade de mantê-los ativos a concentração, a seqüência do pensamento, a atenção e a capacidade de fazer escolhas.

A execução das atividades estimula-o a usar suas capacidades remanescentes e ajudando a mantê-las.

Todo este processo terapêutico ocupacional é um trabalho de manutenção e prevenção.

Algumas atividades podem ser mais utilizadas :
*atividade intelectual como a leitura,
*exercícios de memória,
*palavras cruzadas e
*jogos de xadrez.

Todas as atividades supra citadas auxiliam a manutenção da memória.
Estudos comprovam que o individuo que mantem um estilo de vida ativo com atividade física feita com regularidade e uma boa dieta saudável estão propensos a terem uma melhor preservação da memória.

Nas questões de socialização a participação em grupos educativos e terapêuticos contribui para o desenvolvimento e resgate de potencialidades presentes na terceira idade.

Planejar as atividades ajuda o idoso a se orientar e se organizar quanto aos horários e datas dos compromissos. O planejamento deve-ser feito de forma adapatável ao seu estilo de vida.

Oportunidades proporcionadas ao indivíduo idoso através das atividades terapêuticas ocupacionais transmite-lhes reforça o valor o pessoal de cada uma de suas experiências acumuladas através dos anos.

Para que o envelhecimento ocorra de maneira natural e saudável o idoso deve sentir-se parte integrante da comunidade, utilizando e mantendo suas capacidades residuais, fortalecendo suas condições físicas, estimulando as condições mentais, proporcionando a volta ao convívio social através dos trabalhos em grupo.

Entre outros fatores psicossociais importantíssimos que contribuem para um envelhecimento saudável, está a família, educação, cuidados com a própria saúde, além de motivação e iniciativa da própria pessoa idosa.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

VI ENCONTRO DE PACIENTES REUMÁTICOS DE RIBEIRÃO PRETO 14 DE AGOSTO DE 2010

Local: Esplanada do Theatro Pedro II
Horário:das 9 às 12h


REUMATISMO

Existem mais de 150 tipos de doenças reumáticas que acometem articulações, músculos,
ossos, tendões e que podem se manifestar de diversas maneiras e em todas as idades.
Artrose - Artrite - Gota - Bursite - Tendinite
Dores pelo corpo - Lúpus - Espondilite - Fibromialgia
Osteoporose - Dores nas costas - Compressão de nervos



Maiores informações:

GRUPAR-RP Para uma vida melhor
www.grupar-rp.org.br


R. Visconde de Inhaúma, 490 / CJ 1006 - 14010-100
Centro - Ribeirão Preto - SP
Fone/Fax: (16) 3941-5110 -

Email:grupar-rp@hotmail.com

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Aumento da oferta de Terapia Ocupacional


Começam as novas regras da ANS para os planos de saúde
Aumento da oferta de Terapia Ocupacional faz parte das mudanças



Começam a valer a partir de 07/06/2010 as mudanças instauradas no rol de procedimentos dos planos de saúde pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As alterações, definidas pela Resolução-normativa 211 da ANS, publicada em 11 de janeiro, insere 70 novos procedimentos na cobertura dos planos e amplia o número limite de sessões de algumas áreas da saúde, como a Terapia Ocupacional. O número máximo de sessões de terapia ocupacional cobertas pelos planos passará de seis a 12 por ano.


Outra novidade da resolução é a inserção de um artigo que obriga os planos a priorizar, na área de saúde mental, o atendimento ambulatorial e em consultórios ao invés da internação psiquiátrica. Além disso, a resolução inclui a cobertura de atendimento e acompanhamento em hospital-dia, que têm os terapeutas ocupacionais como um dos principais profissionais de suas equipes.



Fonte :http://www.crefito3.com.br

segunda-feira, 14 de junho de 2010

I Simpósio Internacional de Pesquisa em Terapia Ocupacional

Promovido pelo Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo se propõe a discutir a questão dos instrumentos de avaliação, a bioética, a pesquisa qualitativa e como tudo isto se relaciona com a prática clínica, reunindo palestrantes brasileiros e uma palestrante da Terapia Ocupacional do Instituto Karolinska de Estocolmo, Suécia. Enfim, será um tremenda oportunidade para discutirmos questões tão importantes e para nos posicionarmos frente ao desafio de promover o conhecimento científico na Terapia Ocupacional.
Vamos participar e compartilhar!


Data: 27 e 28 de agosto de 2010

Local: Teatro do Instituto de Psiquiatria HC FMUSP
Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 785 - Térreo
Cerqueira César - São Paulo/SP – CEP: 05403-010

Maiores informações: http://www.blcongressoseventos.com.br/ (clique em Eventos)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

DROGADIÇÃO NA ADOLESCÊNCIA

Impacto do álcool na adolescência


O abuso de bebidas alcóolicas na adolescência pode ter efeitos danosos no processo de tomada de decisão na vida adulta. A afirmação é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, que será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Na pesquisa, ratos adolescentes ingeriram boa quantidade de álcool inserido em gelatinas. O consumo se deu durante 20 dias do período de crescimento dos animais, que tinham entre 30 e 49 dias, fase correspondente à adolescência em humanos.

Três semanas depois, os ratos foram colocados em um ambiente em que podiam escolher entre dois locais para se alimentar, ambos acionados por alavancas, um que tinha sempre duas balas de açúcar ou outro que poderia ter quatro balas ou nenhuma.

O grupo deu preferência para a área de alimentação incerta. Um segundo grupo, que não ingeriu álcool, foi colocado em ambiente semelhante e os animais preferiam escolher o local em que sabiam que sempre haveria as duas balas.

Os animais que ingeriram álcool na adolescência continuaram a optar pela incerteza na recompensa, mesmo quando as vezes em que eram colocadas mais balas diminuíram de 75% para 50% e, finalmente, para 25% do total. Ou seja, ainda que em apenas uma a cada quatro vezes o alimentador oferecesse mais balas, os ratos continuavam a optar por pressionar tal alavanca. O resultado é que os animais do outro grupo se alimentaram constantemente e melhor.

O objetivo do estudo, que teve apoio financeiro dos institutos nacionais de Abuso de Drogas e de Abuso de Álcool e Alcoolismo do governo norte-americano, foi verificar se o consumo de álcool em níveis elevados durante a adolescência poderia afetar futuramente as áreas no cérebro envolvidas no processo de decisão.

De acordo com os autores, os animais que consumiram álcool enquanto jovens se mostraram mais propensos a tomar decisões arriscadas do que os demais.

O teste de recompensa, com a alimentação constante e com a desconhecida, foi repetido quando os animais atingiram os três meses de vida, com resultados semelhantes.

“Sabemos que a exposição precoce ao álcool e outras substâncias é um indicador de posterior abuso químico em humanos. É um conceito novo pensar que a exposição na adolescência pode ter efeitos cognitivos de longo prazo, mas não podemos testar isso em pessoas”, disse Nicholas Nasrallah, um dos autores do estudo.

“Mas nosso modelo, que envolveu o uso de ratos, corrobora a relação causal entre o uso precoce do álcool e o posterior aumento nas tomadas de decisões arriscadas”, afirmou.

“O modelo animal que utilizamos permite estabelecer essa relação. Estudos apontam que regiões do cérebro, incluindo aquelas envolvidas na tomada de decisões, demoram para se desenvolver e o processo se alastra pela adolescência. Nosso estudo indica que as estruturas envolvidas nesse desenvolvimento tardio são afetadas pelo abuso do álcool”, disse Ilene Bernstein, professora de psicologia da Universidade de Washington, outra autora do estudo.

O artigo Long-term risk preference and suboptimal decision-making following adolescent alcohol use.


DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PUBLICADA NO SITE DA AGÊNCIA FAPESP: http://www.agencia.fapesp.br

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Caminhar pode diminuir o risco de AVC

Mulheres que caminham pelo menos duas horas por semana ou que costumam andar rapidamente (5 km/h ou mais) têm risco significativamente menor de desenvolver um acidente vascular cerebral (AVC) do que as que não costumam praticar atividade física.

A afirmação é de um estudo feito nos Estados Unidos e que será publicado em breve na revista Stroke, da American Heart Association. De acordo com a pesquisa, os riscos foram menores para AVC em geral e em suas formas isquêmica e hemorrágica.

As mulheres que caminharam em passos acelerados apresentaram risco 37% menor de qualquer tipo de AVC. As que andaram mais de duas horas por semana tiveram risco 30% menor, ambas em comparação com mulheres sedentárias.

No caso de AVC hemorrágico, os riscos foram 68% menor para as que caminharam vigorosamente e 57% menor para as que andaram pelo menos duas horas por semana.

“A atividade física é um comportamento importante para a prevenção de AVC. Trata-se de um hábito essencial para promover a saúde e reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Caminhar é apenas uma forma de atividade física”, disse Jacob Sattelmair, da Faculdade de Saúde Pública Harvard, principal autor do estudo.

“Embora a relação exata entre diversos tipos de atividade física e diferentes subtipos de acidente vascular cerebral permaneça desconhecida, os resultados desse estudo específico indicam que caminhar, em particular, está associado com o menor risco de AVC”, afirmou o pesquisador.

Os autores do estudo acompanharam 39.315 mulheres, com idade média de 54 anos, que participaram de um levantamento nacional sobre saúde feminina. A cada dois ou três anos, as participantes descreveram as atividades físicas conduzidas em horas de lazer no ano anterior.

As atividades envolviam caminhar, correr, andar de bicicleta, fazer exercícios aeróbicos e praticar esportes. Atividades ocupacionais, domésticas ou comportamentos sedentários não foram considerados.

Os ritmos de caminhada foram divididos em nenhum, casual (cerca de 3,2 km/h), normal (4,6 km/h), acelerado (6,2 km/h) e muito acelerado (acima de 6,4 km/h). Nos quase 12 anos em que foram acompanhadas, 579 mulheres tiveram um AVC (473 isquêmicos, 102 hemorrágicos e quatro não identificados).

“O acidente vascular cerebral é a terceira principal causa de morte nos Estados Unidos e uma das principais causas de incapacidade. Por conta disso, é muito importante identificar fatores capazes de modificar riscos”, disse Sattelmair.

Segundo o pesquisador, os resultados não se estendem aos homens. “A relação entre caminhar e menor risco de AVC ainda é inconsistente entre homens”, disse.

O artigo Physical activity and risk of stroke in women (10.1161/strokeaha.110.584300), de Jacob R. Sattelmair e outros, pode ser lido em http://stroke.ahajournals.org.



DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PUBLICADA NO SITE DA AGÊNCIA FAPESP: http://www.agencia.fapesp.br

Surge a possibilidade de tratamento contra a Dengue.

Uma bactéria que pode bloquear a duplicação do vírus da dengue em mosquitos foi descoberta por cientistas da Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos.

O achado poderá ajudar no desenvolvimento de tratamentos contra a doença que ameaça cerca de 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo e para o qual atualmente não existe vacina.

“Na natureza, cerca de 28% das espécies de mosquitos são hospedeiros da bactéria Wolbachia, mas esse não é o caso do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. Verificamos que a Wolbachia é capaz de parar a duplicação do vírus da dengue e, se não houver vírus no mosquito, ele não se espalhará para as pessoas. Ou seja, a transmissão da doença poderia ser bloqueada”, disse Zhiyong Xi, um dos autores do estudo.

O estudo foi publicado na edição de abril da revista PLoS Pathogens. Xi e colegas introduziram a bactéria em mosquitos Aedes aegypti por meio da injeção do parasita em embriões.

Os pesquisadores mantiveram a Wolbachia em insetos no laboratório por quase seis anos, com a bactéria sendo transmitida de uma geração a outra.

Quando um macho com a bactéria cruza com uma fêmea não infectada, a Wolbachia promove uma anormalidade reprodutiva que leva à morte precoce de embriões.

Mas a Wolbachia não afeta o desenvolvimento embrionário quando tanto o macho como a fêmea estão infectados, de modo que a bactéria pode se espalhar rapidamente, infectando uma população inteira de mosquitos. A bactéria não é transmitida dos mosquitos para humanos.

Um estudo anterior feito na Austrália, com abordagem diferente, também destacou o potencial da Wolbachia. “A linhagem que usamos tem uma taxa de transmissão maternal de 100% e faz com que os mosquitos vivam mais. No trabalho australiano, a linhagem usada faz com que os mosquitos morram cedo”, disse Xi.

“Os dois métodos têm suas vantagens. Quanto mais o mosquito viver, mais chances ele terá de passar a infecção para seus descendentes e de atingir uma população inteira de mosquitos em um determinado período. Mas se o mosquito viver menos, ele não picará as pessoas e não transmitirá o vírus da dengue. Os dois exemplos demonstram o potencial do uso da bactéria para controle da transmissão”, explicou.

Os dois estudos reforçam a preocupação de cientistas de diversos países com o problema. Uma pesquisa publicada em fevereiro pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences apresentou um possível método para controle da transmissão por meio da obtenção de fêmeas do Aedes aegypti que são incapazes de voar.



DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PUBLICADA NO SITE DA AGÊNCIA FAPESP em 05/04/2010 : http://www.agencia.fapesp.br

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Terapia Ocupacional nos planos de saúde

Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS) os planos de saúde terão até o meio de 2010 para ampliarem o número de consultas de terapia ocupacional para 12 consultas por ano. Antes, a obrigação das empresas era de garantir até 6 consultas. A decisão da ANS é um reconhecimento de que essa especialidade é importante, e de que os brasileiros precisam dela.Entretanto, a indagação de que um terapeuta ocupacional faz e em que esse profissional poderá auxiliar,ainda é constante.Ao contrário do que o nome sugere, não serve para preencher o tempo vago das pessoas.
O Terapeuta Ocupacional contribui no devolvimento da capacidade das pessoas em realizarem suas atividades diárias, como tomar banho, se alimentar, sair de casa, trabalhar e se divertir.Se o indivíduo tiver dificuldade de executar alguma destas atividades citadas ou quaisquer outras relacionada com o seu cotidiano, faz-se necessário a atuação do terapeuta ocupacional. E em um contexto de perdas,no qual o sujeito '' fazia'',''podia'',''estava'', o terapeuta ocupacional contribui para a construção e/ou recriação de possibilidades,execução com autonomia,organização do cotidiano- muitas vezes desestruturado pelo acometimento de doenças, sempre respeitando a singularidade do indivíduo e de suas necessidades.

Um exemplo,quando uma pessoa sofre um acidente grave que a impossibilita de andar ou de movimentar-se,o profissional que irá ajudá-lo a se adaptar a essa nova vida será o terapeuta ocupacional.

A profissão também é essencial em problemas psiquátricos ou psicológicos. Longas internações hospitalares,durante este período ou pós alta ,o paciente pode precisar da terapia ocupacional para poder retomar as atividades de seu antigo cotidiano ou estabelecer novas atividades a sua nova realidade,por exemplo: voltar a fazer compras, relacionar-se com os amigos, formar uma famíla. Com idosos quando estes começam a perder a memória ou têem dificuldades em alimentar-se ou locomover-se,eles precisarão desse profissional da saúde para ajudá-los a voltar a fazer suas atividades.

Nós , terapeutas ocupacionais nos preocupamos em: estimular as pessoas usando recursos que façam sentido à sua vida. Por isso utilizamos como meio de tratamento atividades simples e criativas.Porém Terapia Ocupacional não é artesanato ou um meio de ocupar as pessoas e/ou seu tempo, cada exercício ,cada atividade proposta tem um sentido especial e vai ajudar o indivíduo a recuperar uma habilidade perdida.

...A ocupação é concebida como um elo de retorno à vida,visando engajar as pessoas nas ações que as ajudem a construir ou reconstruir seu cotidiano e,dessa forma,suas próprias vidas...

(LEMOS, 2005)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Tumores Estressados

O estresse emite sinais que fazem com que células desenvolvam tumores, indica uma pesquisa feita por um grupo da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e publicado primeiramente no site da revista Nature.

O estudo descreve uma nova maneira pela qual o câncer age no organismo e aponta novos caminhos para combater a doença. Até agora, a maioria dos cientistas estimava que uma célula precisava de mais de uma mutação que causa câncer para que os tumores se desenvolvessem.

O grupo liderado por Tian Xu, professor e vice-presidente do conselho de genética de Yale, mostrou que mutações que causam câncer podem atuar em conjunto para promover o desenvolvimento de tumores mesmo quando localizados em diferentes células em um mesmo tecido.

“A má notícia é que é muito mais fácil para um tecido acumular mutações em células diferentes do que em uma mesma célula”, disse Xu, que também é pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes e da Universidade Fudan, na China.

O grupo trabalhou com moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster) para analisar as atividades de dois genes conhecidos pelo envolvimento no desenvolvimento de tumores no homem. O primeiro é o chamado RAS, que já se mostrou implicado em 30% dos cânceres. O outro é o gene scribble (“rascunho”), que contribui para o desenvolvimento de tumores quando sofre mutação.

O grupo de Xu anteriormente havia demonstrado que uma combinação dos dois genes na mesma célula desencadeava a formação de tumores malignos. Mas, agora, os pesquisadores verificaram que as mutações não precisam coexistir na mesma célula para isso.

Uma célula com apenas a mutação RAS é capaz de se desenvolver em um tumor maligno se auxiliada por uma célula próxima que contenha um gene scribble defeituoso.

Em seguida, os pesquisadores observaram que condições estressantes, como uma ferida, podem disparar o desenvolvimento do câncer. Por exemplo, células RAS se desenvolveram em tumores quando um ferimento foi induzido em um tecido.

O mecanismo por trás do fenômeno, segundo os pesquisadores, é um processo de sinalização conhecido como JNK, que é ativado por condições de estresse.

“O problema é que diversas condições podem disparar a sinalização de estresse, seja o estresse físico ou emocional, infecções ou inflamações”, ressaltou Xu.

Mas, apesar de o estudo indicar que é ainda mais fácil do que se estimava para que o câncer se desenvolva, ele também, de acordo com os autores, ajuda a identificar novos alvos para o desenvolvimento de novas formas de prevenção e tratamento da doença.

O artigo Interaction between RasV12 and scribbled clones induces tumour growth and invasion (DOI: 10.1038/nature08702), de Tian Xu e outros, pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.


DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PUBLICADA NO SITE DA AGÊNCIA FAPESP: http://www.agencia.fapesp.br

Fumo e aneurisma


O risco de quem fuma ter um aneurisma aumenta significativamente se o indivíduo for portador de certas variantes genéticas comuns. A afirmação é de um estudo apresentado na Conferência Internacional da American Stroke Association's, realizado na semana passada em San Antonio, no Texas.

Joseph Broderick, professor da Universidade de Cincinnati, e colegas identificaram que as chances de desenvolver um aneurisma intracraniano aumentaram entre 37% e 48% para pessoas que tinham as variantes presentes nos cromossomos 8 e 9.

Mas, quando a presença desses genes era combinada com o hábito de fumar o equivalente a um maço de cigarros por dia, o risco aumentava mais de cinco vezes, de acordo com a pesquisa.

“É como acender um fósforo: fumar aumenta grandemente o risco de aneurisma em pessoas com susceptibilidade genética”, disse Broderick.

O estudo ressalta que o cigarro é a principal causa ambiental de aneurisma intracraniano. De 70% a 80% dos casos de aneurismas ocorrem em indivíduos que fumavam. No estudo, 82,5% dos participantes fumou em algum período da vida.

Aneurismas intracranianos também ocorrem em vários membros de famílias suscetíveis. Aneurisma é a dilatação irregular de uma artéria que pode se romper ou trombosar. O rompimento pode levar a uma hemorragia do tipo subaracnóidea. Quando isso ocorre, cerca de 40% dos pacientes morrem e a maior parte dos demais experimenta problemas sérios causados por danos ao cérebro promovidos pelo rápido sangramento.

Os cientistas examinaram 406 pacientes de famílias com pelo menos dois casos de aneurisma intracraniano e 392 outras pessoas no grupo de controle.

“É uma mensagem importante para os membros de famílias com casos de aneurisma: se você fumar estará multiplicando a predisposição genética”, disse Broderick. Segundo o pesquisador, todos os membros de famílias com casos de aneurisma intracraniano deveriam simplesmente parar de fumar.

Dados publicados pela Agência FAPESP EM 01/03/2010

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Internet e Depressão

Segundo a Agência FAPESP , Pessoas que passam muito tempo navegando pela internet têm maior risco de apresentar sintomas depressivos, de acordo com uma pesquisa feita no Reino Unido por cientistas da Universidade de Leeds.

O estudo, que será publicado na edição de 10 de fevereiro da revista Psychopathology, procurou analisar o fenômeno de usuários que têm desenvolvido o uso compulsivo da internet, substituindo a interação social no mundo real pelo virtual, em redes sociais, chats ou em outros serviços eletrônicos.

Segundo os pesquisadores, os resultados do estudo apontam que esse tipo de dependência pode ter impactos sérios na saúde mental. “A internet ocupa hoje parte importante na vida moderna, mas seus benefícios são acompanhados por um lado negro”, disse Catriona Morrison, um dos autores do estudo.

“Enquanto a maioria usa a rede mundial para se informar, pagar contas, fazer compras e trocar e-mails, há uma pequena parcela dos usuários que acha difícil controlar o tempo gasto on-line. Isso ao ponto em que tal hábito passa a interferir em suas atividades diárias”, apontou a cientista.

Os “viciados em internet” passam, proporcionalmente em relação à maioria dos usuários, mais tempo em comunidades virtuais e em sites pornográficos e de jogos. Os pesquisadores verificaram que esse grupo tem incidência maior de depressão de moderada a grave.

“Nossa pesquisa indica que o uso excessivo da internet está associado com depressão, mas o que não sabemos é o que vem primeiro. As pessoas depressivas são atraídas pela internet ou é o uso da rede que causa depressão?”, questionou Catriona.

A pesquisa examinou 1.319 pessoas com idades entre 16 e 61 anos. Do total, 1,2% foi considerado como “viciado em internet”. Apesar de ser uma pequena parte do total, segundo os pesquisadores o número de internautas nessa categoria tem crescido.

Incidentes como a onda de suicídios entre adolescentes ocorrida na cidade de Bridgend, no País de Gales, em 2008, têm levado a questionamentos a respeito da influência das redes sociais em indivíduos vulneráveis à depressão.

No estudo, os pesquisadores observaram que o grupo dos “viciados em internet” era formado principalmente por usuários mais jovens, com média de idade de 21 anos.

“Está claro que para uma pequena parte dos usuários o uso excessivo da internet é um sinal de perigo para tendências depressivas. Precisamos considerar as diversas implicações dessa relação e estabelecer claramente os efeitos desse uso na saúde mental”, disse a pesquisadora.

O artigo The relationship between excessive internet use and depression: a questionnaire-based study of 1,319 young people and adults, de Catriona Morrison e outros, pode ser lido por assinantes da Psychopathology (2010;43:121-126 – DOI:10.1159/000277001) em www.karger.com/psp.

sábado, 23 de janeiro de 2010

ESPERANÇA PARA O TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON


Uma grande novidade e uma nova esperança nos estudos desenvolvidos por um grupo de pesquisadores coordenados pelo brasileiro Miguel Nicolelis, na Universidade Duke nos Estados Unidos sobre a Doença de Parkinson,um tratamento que poderá ser eficiente e menos invasivo para qual problema ainda não se descobriu a cura.
Trata-se da primeira terapia potencial para a doença a ter como alvo não o cérebro, mas a medula espinhal, a parte do sistema nervoso central contida na coluna vertebral. A descrição do método está em artigo destacado na capa da edição do dia 20/3/2009 da revista Science. Os pesquisadores desenvolveram uma prótese para estimular eletricamente o principal condutor de informações táteis para o cérebro. O dispositivo foi conectado à superfície da medula espinhal em camundongos e em ratos com baixos níveis de dopamina, mediador químico indispensável para a atividade normal do cérebro. O objetivo foi representar em modelos animais as características biológicas de indivíduos com Parkinson, incluindo a grave perda de habilidades motoras verificada em estágios avançados da doença. Ao ligar o dispositivo protético, os animais tiveram grande melhoria nos movimentos, passando a adotar comportamentos de exemplares saudáveis. Segundo os cientistas, a melhoria foi observada em média apenas 3 segundos após o estímulo. “Observamos uma mudança imediata e dramática na capacidade funcional do animal que tem sua medula espinhal estimulada pelo dispositivo. Além disso, trata-se de uma alternativa simples e significativamente menos invasiva do que as tradicionais, como a estimulação cerebral profunda, que tem potencial para uso amplo em conjunto com medicamentos tipicamente usados no tratamento da doença de Parkinson”, explicou Nicolelis.
Foram testados camundongos e ratos com déficit agudo e crônico de dopamina por meio de níveis variados de estimulação elétrica. Os estímulos foram usados em combinação com doses diferentes de terapia de substituição de dopamina (3,4 dihidroxifenilalanina ou L-dopa) para determinar os conjuntos mais eficazes. Quando a prótese foi usada junto com o medicamento, apenas duas doses de L-dopa foram suficientes para produzir movimentos comparados com as cinco doses necessárias quando o medicamento é usado sozinho. Enquanto a estimulação cerebral profunda – que envolve cirurgia para implantação de eletrodos – e outros tratamentos experimentais atacam a doença em sua origem, ou seja, no cérebro, Nicolelis e equipe escolheram uma abordagem diferente.

A ideia da estimulação elétrica surgiu quando os cientistas fizeram uma relação surpreendente com outra condição neurológica.Foi um momento de súbita iluminação. Estávamos analisando a atividade cerebral de camundongos com Parkinson e, de repente, me lembrei de uma pesquisa que fiz sobre epilepsia uma década antes. A partir dali, as idéias começaram a fluir”, disse Nicolelis.
A atividade cerebral em animais com Parkinson se assemelha a episódios leves, contínuos e de baixa frequência observados em exemplares com epilepsia. Uma terapia eficaz para tratar epilepsia envolve a estimulação de nervos periféricos, o que facilita a comunicação entre a medula espinhal e o corpo. O cientista e seu grupo partiram desse conceito para desenvolver a abordagem voltada à doença de Parkinson. Segundo Nicolelis, os episódios de baixa frequência, ou oscilações, vistos em modelos animais de Parkinson também já foram observados em humanos com a mesma condição. Estimular a porção dorsal da medula espinhal reduz tais oscilações. “Nosso dispositivo atua junto ao cérebro de modo a produzir um estado neurológico favorável para a locomoção, facilitando a recuperação imediata e notável dos movimentos”, disse Per Petersson, outro autor do estudo. Estudos clínicos Os cientistas apontam que, se a prótese se mostrar segura e eficiente na continuação da pesquisa, poderá ser usada como ponto de partida para o desenvolvimento futuro de dispositivos para implante na medula espinhal humana.
Esses dispositivos produziriam pequenas correntes elétricas e seriam alimentados por baterias inicialmente carregadas e, posteriormente, inseridas no próprio corpo.
“Se pudermos demonstrar que o dispositivo é seguro e eficiente a longo prazo em primatas e, depois, em humanos, virtualmente todos os pacientes [de Parkinson] poderão receber tal tratamento no futuro próximo”, disse Nicolelis.
O grupo de Duke está trabalhando com neurocientistas do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS) para testar o método em primatas, antes que estudos clínicos em humanos possam ser iniciados. Cientistas do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, também participarão para auxiliar a aplicar os resultados em prática clínica. Graduado em medicina pela Universidade de São Paulo, em 1984, Nicolelis fez em seguida doutorado na mesma instituição, com bolsa da FAPESP. Em 1992 concluiu pós-doutoramento na Universidade Hahnemann, nos Estados Unidos. Nicolelis é professor titular do Departamento de Neurobiologia e co-diretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade Duke, professor do Instituto Cérebro e Mente da Escola Politécnica Federal de Lausanne e fundador do IINN-ELS.
O artigo Spinal cord stimulation restores locomotion in animal models of Parkinson’s disease, de Miguel Nicolelis e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.


DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA PUBLICADA NO SITE DA AGÊNCIA FAPESP: http://www.agencia.fapesp.br

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O Impacto da Doença de Parkinson na Qualidade de Vida e a Atuação do Terapeuta Ocupacional


A doença de Parkinson é uma enfermidade crônica de caráter progressivo que acomete um em cada mil indivíduos da população em geral e apresenta características que afetam a qualidade de vida dessas pessoas nos seguintes aspectos: físico, mental/emocional, social e econômico. Sua prevalência aumenta em pessoas com a idade avançada e geralmente acomete indivíduos acima dos 50 anos. Os sinais e sintomas clássicos resultantes da depleção de dopamina na substância negra e que apresentam maior relevância são:

  • bradicinesia,
  • tremor,
  • rigidez,
  • instabilidade postural,
  • distúrbios da marcha,
  • dor,
  • fadiga,
  • depressão,
  • distúrbios cognitivos e sexuais.

Com a evolução da doença surgirão complicações secundárias e estas poderão acarretar limitações nas Atividades de Vida Diária( AVD´s) tais como: vestir/despir, lavar, comer, tomar banho;dentro e fora de casa (limpeza da casa ou fazer compras); no trabalho ou nas horas de lazer.Além disso, a limitação social e a sobrecarga econômica são fatores que também afetam diretamente a qualidade de vida desses indivíduos.

É importante destacar a relação entre todos os aspectos citados, embora as dimensões física e mental/emocional pareçam ser as mais relevantes, uma vez que podem ser as responsáveis pelo desenvolvimento de outras limitações.



A INTERVENÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL JUNTO AO INDIVIDUO PORTADOR DA DOENÇA DE PARKINSON



O programa de tratamento que o Terapeuta Ocupacional desenvolverá para os indivíduos portadores da Doença de Parkinson , buscará minimizar as limitações decorrentes da progressão da doença e procurará contribuir para a melhora e a manutenção da qualidade de vida .

Como método de intervenção poderá:

  • Utilizar-se de técnicas adaptativas para a redução dos efeitos do tremor para

    aperfeiçoamento da função da mão,

  • auxiliar no desenvolvimento da destreza manual e coordenação manual explorarando novas possibilidades na execução das atividades favoritas e /ou hobbies,

  • se necessário for, recomendar equipamentos adaptativos e treinar o uso dos mesmos na realização das tarefas diárias( uma simples alteração nos seus utensílios(substituir botões e fechos por velcro, usar lençóis ou pijamas de cetim para ajudar o movimento, bancos na banheira, etc) , copos com duas asas, pentes e escovas longos, escova de dentes elétrica, ajuda a vestir e cadeiras e sanitários elevados para ajudara o sentar e a se levantar.

  • Um computador pessoal com software ativado pela voz pode evitar problemas com os teclados,

  • sugerir modificações na casa ,de forma a aumentar o acesso seguro e torná-lo o mais funcional possível ,para que o desempenho ocupacional ocorra em sua máxima totalidade, afim de proporcionar um elevado grau de autonomia (escadas, declínios e elevações de piso: instalar corrimões para o individuo se segurar, alterar degraus por rampas ou então um elevado).

A perda da capacidade ocupacional pode repercutir de forma negativa na saúde e no bem estar das pessoas e tornará-se agravante quando as perdas forem progressivas e permanentes. A condição de ''privação ocupacional'' passa a existir quando uma pessoa, por qualquer motivo seja ele por privação ou incapacitação física limitação psicossocial deixa de desempenhar o que é significativo para o individuo.

Com o estabelecimento da Doença de Parkinson ,a perda da rotina do dia a dia é significativamente mais marcante, devido ao seu cotidiano(do indivíduo) estruturado durante anos. Junto da perda de habilidade de desempenhar comportamentos ocupacionais desejáveis surgem os efeitos devastadores e que desencadeiam frustrações aborrecimentos.

No inicio da doença, a bradicinesia e a rigidez muscular impedirão na realização das atividades de vida diária como exemplo:

  • mobilidade funcional (deambulação; virar na cama),
  • nos auto cuidados como: banho, o vestir/despir, a higiene oral /intima, a alimentação ( uma refeição que poderia ser consumida em 20 minutos poderá demorar uma hora ou mais e as vezes o paciente por vergonha não a ingeri por inteiro).

De maneira geral o tempo para a realização das tarefas do cotidiano aumentará devido a lentidão e redução dos movimentos,ocorrendo a perda da independência.

Quando o paciente acometido encontra-se em fases produtivas de sua vida, as rotinas estabelecidas ficam difíceis de serem realizadas e mantidas, ocorre então uma desestruturação familiar, pela perda da identidade social como chefe de família e pai de família (no caso dos homens) como empregado(a) e/ou empregador(a). Muitas vezes a pessoas perdem o emprego ou deixam de exercer determinadas profissões como: mecânicos viajantes, pintores,etc.

Em nosso meio social existe a expectativa por parte dos indivíduos integrantes deste meio, de que cada qual desempenhe seu papel social ,seja através de comportamentos ou reações adequadas ;e para isso tornar a ser presente em um individuo acometido pela Doença de Parkinson, requer, tanto por parte dos familiares quanto do individuo em questão uma iniciativa de atitudes, tomada de decisões e sentimentos frente às novas condições de saúde pré estabelecidas.

''A INTERVENÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL JUNTO AO PACIENTE ACOMETIDO PELA DOENÇA DE PARKINSON AJUDA O A MANTER A MAXIMA FUNÇÃO NAS ROTINAS DO DIA A DIA E POSSIBILITA AO INDIVIUO UMA VIVENCIA SIGNIFICATIVA DE SUA VIDA, MANTENDO SUA AUTONOMIA O MAIOR ESPAÇO DE TEMPO POSSÍVEL.''



Referências Bibliográficas


  • Guttman M, Kish SJ, Furukawa Y. Current concepts in the diagnosis and management of Parkinson’s disease. CMAJ 2003;168(3): 293-301.
  • Gaudet P. Measuring the impact of Parkinson’s disease: an occupational therapy perspective. Can J Occup Ther 2002; 69(2): 104-113.
  • Schrag A, Jahanshahi M, Quinn N. What contributes to quality of life in patients with Parkinson’s disease. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2000; 69: 308-312.
  • Kuopio AM, et al. The quality of life in Parkinson’s disease. Mov Disord 2000; 15(2): 216-223.

  • TURNER, A. Occupational for therapy.In:TURNER, A; FOSTER, M; JOHNSON, S. E. Occupational Therapy and Physical Dysfunction: principles, skills and practice. 5 ed. Londres: Churchill Livingstone,2002.


terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Uso de Órteses em Pacientes Acometidos pelo AVC

Órteses são dispositivos aplicados a um ou mais segmentos corporais com objetivos como:

  • estabilizar articulações,
  • compensar fraquezas musculares,
  • prevenir a instalação ou o agravamento de deformidades articulares,
  • manter ganhos de amplitudes articulares obtidos com procedimentos cirúrgicos,
  • reduzir a dor e diminuir parcialmente a sobrecarga em um determinado segmento corporal.

As órteses são confeccionadas em material plástico termomoldável aceitando o formato anatômico do membro envolvido.O Terapeuta Ocupacional além de estar capacitado a confeccioná-la ,também orientará quanto ao seu uso, incluindo higiene e a possibilidade de lesões em áreas de pressão,o que é de suma importância principalmente em pacientes diabéticos.

A órtese de membro inferior mais usada para indivíduos com hemiparesia (dificuldade de movimento em um lado do corpo) é a órtese abaixo do joelho, denominada tornozelo pé.O uso de órtese para membros inferiores deve ser iniciado em fases precoces da recuperação da lesão cerebral com a finalidade de prevenir contraturas e deve se estender através do período de recuperação motora e treino de marcha.

Assim que o paciente começar a andar após uma lesão cerebral, antes de iniciar o uso de órteses, o terapeuta ocupacional deverá realizar uma análise cuidadosa da marcha. Alguns pacientes podem apresentar um ‘pé caído’ como única anormalidade na marcha, enquanto outros podem apresentar joelho instável, ou uma combinação de pé eqüino espástico (que não apoia o calcanhar no chão) e "genu recurvatum" (joelho hiperestendido).

A órtese deverá ser adequada para controlar os desvios presentes na marcha e ajustada de acordo com as mudanças no padrão de atividade motora.

Para indicar uma órtese, o Terapeuta Ocupacional considerará, além dos elementos essenciais que favorecem a marcha, outros fatores que contribuam para maior adesão do paciente ao seu uso, como leveza, durabilidade e conforto.

O tipo de órtese deve ser adequado às características de marcha de cada indivíduo, levando-se em consideração suas expectativas e interesses.

O PROFISSIONAL CAPACITADO A REALIZAR ESTE TIPO DE INTERVENÇÃO É OTERAPEUTA OCUPACIONAL.

Procure um profissional habilitado e devidamente registrado pelo CREFITO.

REABILITAÇÃO DO PACIENTE COM AVC


Para a maioria das pessoas que sobrevivem a um AVC, a reabilitação é uma das partes mais importantes do tratamento. A reabilitação deve ter início em fases precoces, nos primeiros dias após o AVC, ainda no hospital geral, e, posteriormente, deve ter continuidade numa unidade especializada em reabilitação de pacientes com doenças vasculares cerebrais.

O objetivo fundamental do programa de reabilitação é ajudar o paciente a adaptar-se às suas deficiências, favorecer sua recuperação funcional, motora e neuropsicológica, e promover sua integração familiar, social e profissional. Um programa de reabilitação adequado contribui para a recuperação da auto-estima.

Para os pacientes com AVC extenso e seqüelas graves e pessoas em estado vegetativo, recomenda-se mobilização passiva das extremidades envolvidas e mudanças de posição freqüentes, no intuito de prevenir contraturas articulares, úlceras por pressão sobre as áreas de apoio e trombose das extremidades inferiores.

Os programas de reabilitação incluem a terapia física e ocupacional e a reabilitação cognitiva e da linguagem. Estes programas integram um grande número de profissionais (fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, professores, professores de educação física, fonoaudiólogos, assistentes sociais, médicos clínicos e neurologistas, além dos profissionais da enfermagem) e, evidentemente, o paciente e sua família.

Os primeiros três a seis meses após o AVC são os mais importantes no processo de readaptação. A maioria dos movimentos voluntários se recuperam nos primeiros seis meses. Linguagem, equilíbrio e habilidades funcionais podem continuar melhorando até dois anos.

Um AVC envolve não somente o paciente, mas também sua família e amigos próximos. Quem sofreu o AVC deve perceber que familiares, amigos e pessoas próximas são inseridas, na medida de suas possibilidades, ao programa de reabilitação.

Treinamento nas Atividades de Vida Diária

Atividades de vida diária (AVD) são aquelas realizadas no dia-a-dia de uma pessoa, tais como alimentação, vestuário, toalete, banho, transferências da cadeira e para a cadeira de rodas, locomoção, comunicação e interação social. O treinamento nas AVDs implica a adaptação à condição atual e às seqüelas que o indivíduo apresenta (hemiplegia, déficit de coordenação e equilíbrio, alterações cognitivas e visoespaciais, entre outras).

Uma avaliação detalhada da realização das atividades para facilitar o treinamento e acompanhar a evolução dos ganhos é necessária. Além de avaliar a capacidade de realizar ou não uma determinada tarefa, avalia-se a necessidade de supervisão ou assistência, o tempo gasto para realizar cada tarefa e a necessidade de adaptações e modificações no ambiente.

Os indivíduos são estimulados a realizar as atividades de forma mais independente possível, dentro de sua nova condição motora e cognitiva. O treinamento na alimentação é necessário nos casos de troca de dominância (devido a hemiplegia), déficits de coordenação e motricidade e alterações visoespaciais. Algumas adaptações podem ser utilizadas, como por exemplo, engrossador de cabo do talher, pulseira de chumbo (indivíduos atáxicos), prato com ventosa, borda para prato, copo com tampa e estímulo visual na borda do prato (alterações visoespaciais).

O treinamento em higiene pessoal inclui escovar os dentes, pentear o cabelo, maquiar-se, fazer a barba, lavar o rosto e tomar banho. Dependendo das seqüelas, pode-se usar algumas adaptações como bucha com cabo alongado, luva adaptada para sabonete e barras de segurança no banheiro, entre outras.

Com relação ao vestuário, o treinamento pode ser facilitado com o uso de roupas e calçados mais práticos, com elástico ou velcro, uso de gancho e calçadeira com cabo alongado.

A locomoção pode ser facilitada pelo uso de andadores, muletas, bengalas ou através da cadeira de rodas. Para melhor posicionamento, conforto e segurança do indivíduo, muitas vezes são indicadas adaptações na cadeira de rodas como almofadas anatômicas ou cinto de segurança. Pode-se utilizar alguns acessórios, como tábua-mesa adaptada na cadeira para facilitar a alimentação, e desenvolver atividades de destreza manual, como jogos e escrita.

A indicação de andadores, muletas e bengalas para o treino de locomoção depende da motricidade, do equilíbrio e das condições cognitivas do paciente.

A interação social pode ser estimulada através de atividades de vida prática, ou seja, atividades relacionadas à capacidade do indivíduo de interagir com o ambiente e solucionar problemas comuns à vida em sociedade, tais como, fazer compras, limpar a casa, administrar dinheiro e utilizar transporte público.

O indivíduo com AVC pode ter diferentes graus de incapacidade, gerados pela doença e pós acometimento deve retornar ao convívio familiar e social. A TERAPIA OCUPACIONAL realiza atividades em um programa de reabilitação, a reinserção comunitária em seu cotidiano é uma das mais importantes,que esta relacionada a aquisição de materiais necessários do cotidiano (alimentos, roupas, utensílios domésticos, medicamentos) e serviços. É iniciada após avaliação e abordagem das diferentes funções do indivíduo – física, cognitiva, psíquica e social.

As atividades são realizadas em ambientes comunitários como bancos, supermercados, museus, shoppings e parques, conforme o contexto de vida do indivíduo. A TERAPIA OCUPACIONAL avalia a indicação para participação nestas atividades e desenvolve recursos para as possibilidades acontecerem, considerando a situação clínica e funcional do paciente, e objetivos específicos a serem alcançados como:

  1. Treinar a mobilidade na comunidade, através da marcha, com ou sem auxílio-locomoção e/ou órtese de membros inferiores, ou utilização de cadeira de rodas, manual ou motorizada. Isso envolve percorrer terrenos acidentados, subir e descer meio-fio, rampa ou escada rolante, utilizar transporte coletivo, e percorrer ambientes de maior circulação de pessoas.
  2. Treinar atividades tais como fazer compras, pesquisar preços de produtos, efetuar operações financeiras em bancos ou comércio.
  3. Treinar funções cognitivas como orientação temporal e espacial, memória, comunicação, organização e planejamento de atividades.
  4. Treinar enfrentamento, ou seja, habilidade de se adaptar ao contexto dentro da situação atual.

O ganho de independência nas AVDs requer perseverança e um treinamento sistemático diário, além da valorização das aquisições.

O PROFISSIONAL CAPACITADO A REALIZAR ESTA INTERVENÇÃO NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA É O TERAPEUTA OCUPACIONAL.

Procure um profissional habilitado e devidamente registrado pelo CREFITO.


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